Pierre Teilhard de Chardin, que nasceu em Orcines, em 1 de maio de 1881, e faleceu em Nova Iorque, em 10 de abril de1955, foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que logrou construir uma visão integradora entre a ciência e a religião.
Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, nem sempre foi devidamente compreendido pelos representantes de ambas. Muitos colegas cientistas negaram o valor científico de sua obra, acusando-a de vir carregada de um misticismo e de uma linguagem estranha à ciência. Do lado da Igreja Católica, por sua vez, foi proibido de lecionar, de publicar suas obras teológicas e submetido a um quase exílio na China.
Como cientista, Teilhard de Chardin estava familiarizado com as evidências geológicas e fósseis da evolução do planeta e da espécie humana.
Como cristão, tinha consciência da necessidade de um cristianismo renovado que contribuísse para a sobrevivência do planeta e o progresso da Humanidade.
Como outros cristãos de épocas anteriores, Teilhard reconheceu a premente necessidade de articular o cristianismo com a cultura e o espírito de seu próprio tempo.
Hoje, em face da ciência moderna, da tecnologia e de um mundo cada vez mais globalizado, essa necessidade é mais urgente do que nunca.
No cerne da sua reflexão, está a visão filosófica, teológica e mística a respeito da evolução de todo o Universo, do caos primordial até o despertar da consciência humana sobre a Terra, estágio esse que, segundo ele, será seguido por uma Noogénese, a integração de todo o pensamento humano numa única rede inteligente que acrescentará mais uma camada em volta da Terra: a Noosfera, que recobrirá todo a biosfera do planeta Terra. A orientar todo esse processo, existe uma força que age a partir de dentro da matéria, que orienta a evolução em direção a um ponto de convergência: o Ponto Ômega. Teilhard sustentava a ideia de um Panenteísmo cósmico: a crença de que Deus e o Universo mantém uma criativa e dinâmica relação de progressiva evolução.
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