O aumento da população humana é frequentemente referido como um dos principais problemas atuais da Humanidade.
Com efeito, a população humana está a crescer a um ritmo exponencial e a consequente exploração dos recursos naturais gera sérios problemas, como o aumento do efeito de estufa, a redução da camada de ozono, a redução da qualidade do ar, a limitação dos recursos hídricos, e o declínio da biodiversidade.
As preocupações ambientais não podem estar dissociadas da evolução da população humana do planeta.
A via mais adequada para controlar o crescimento da população e as suas consequências ambientais é a promoção do desenvolvimento sustentável aos mais diversos níveis: local, regional, nacional e global.
O desenvolvimento sustentável pode ser definido como o desenvolvimento adequado para satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, alcancem um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos do planeta e preservando as espécies e os habitats naturais.
O percurso para o desenvolvimento sustentável assenta em três dimensões:
- A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável, podendo igualmente designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a biodiversidade e a sua função como fonte de energias renováveis.
- A sustentabilidade económica, enquadrada no âmbito do desenvolvimento sustentável é um conjunto de medidas e politicas que visam a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. Aos conceitos tradicionais de economia, são adicionados como fatores a ter em conta, os parâmetros ambientais e sociais, criando assim uma interligação entre os dimensão económica, ambiental e social. Assim, a evolução da economia não é somente medida na sua vertente financeira, mas igualmente na vertente ambiental e social, o que potencia uma gestão mais correta das matérias-primas e dos recursos humanos. Há ainda a incorporação da gestão mais eficiente dos recursos naturais, de forma a garantir uma exploração sustentável dos mesmos.
- A sustentabilidade sócio-politica centra-se na prossecução de uma sociedade coesa e equitativa. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretende desenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais.
A energia é uma das questões essenciais na abordagem do desenvolvimento sustentável. Os países desenvolvidos e os países emergentes utilizam maioritariamente energia oriunda dos combustíveis fosseis, nomeadamente o carvão, o petróleo e o gás natural. No entanto, este modelo energético não é sustentável. Os recursos energéticos acima mencionados são ilimitados, dado que as previsões atualmente disponíveis fazem presumir um esgotamento dos recursos que é da ordem dos 40 anos para o petróleo, dos 70 anos para o gás natural e dos 200 anos para o carvão, dos três o mais poluente. Além da limitação dos recursos, demvem ser colocadas as consequências ambientais da sua utilização intensa.
O problema das alterações climáticas resulta em grande parte da emissão de dióxido de carbono, resultante da queima de combustíveis fósseis e pode ter como resultado o aumento da temperatura média do planeta entre 1,3 e 5,8 graus Celsius até ao final do presente século.
Este aumento de temperatura terá implicações ao nível das águas do mar, que pode colocar em perigo vários milhões de pessoas, um degelo acentuado e um agravamento dos fenómenos atmosféricos extremos, afetando os ecossistemas do nosso planeta.
Um modelo de desenvolvimento mais sustentável passa pela exploração de novas fronteiras nas áreas energéticas, promovendo o forte potencial das energias renováveis: energia hídrica, energia eólica, energia geotérmica, energia das marés e das ondas.
Um modelo de desenvolvimento mais sustentável passa também pelo território, por promover novas formas de urbanismo e novos modos de mobilidade, mais eficientes em termos de energia e com menor impacto ambiental, bem como por uma atitude inteligente de proteção e valorização dos recursos naturais e do património cultural.
Por fim ,a contribuição para o desenvolvimento sustentável pode ser efetuado da nossa atuação como cidadãos mais esclarecidos e atentos, optando por produtos ecologicamente mais adequados, como por exemplo os produtos alimentares oriundos da alimentação sustentável.
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